8 técnicas de gestão militar que aumentarão a performance da sua organização – Parte 1

1 – O planejamento estratégico é fundamental – pense antes de agir. Quem faz sem saber não sabe o que faz. A “criatividade” brasileira não ganha batalhas. Seja adaptável dentro do seu planejamento, mas não abuse da sorte. Um bom planejamento procura prever todas as dificuldades possíveis e ter um plano B em caso de necessidade. Saber antever problemas e se preparar para evita-los é fundamental em um bom planejamento.

Os pracinhas  brasileiros que lutaram na Segunda Guerra sofreram muito com o clima, quase mais até que lutar  contra os alemães, pois viajaram do Brasil, um país tropical e em época de calor, para os campos de Inverno da Itália na Europa, sem levar peças de frio em seu uniforme. Tivemos muitos soldados no hospital de campanha com gripe do que atingidos em combate. O clima limitou muito o poder ofensivo da nossa tropa por falta de planejamento em relação ao cenário em que foram combater.
Não há lugar para o improviso no ambiente militar, mas você pode ser adaptável às condições do terreno.
Saiba mais sobre os pracinhas neste link: http://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/pracinhas-como-os-brasileiros-lutaram-no-front/

Pracinhas da FEB lutando na Itália.

E como sua empresa se adapta aos novos tempos? O mercado mudou muito, os clientes também mudaram, como seu planejamento foi desenvolvido? Vários segmentos de mercado dependem das condições climáticas favoráveis ou desfavoráveis para venderam mais ou menos, como os sorvetes, agronegócio, turismo e até mesmo as lavanderias! Você já parou para pensar em como o clima pode afetar seu negócio? Seu planejamento previu os efeitos climáticos da El Nina para esse ano? Reflita sobre isso!

 

2 – Informação é tudo – Saber quais são as suas fraquezas para amenizá-las e principalmente os pontos fracos dos seus concorrentes, pode ser a diferença entre vencer ou perder uma guerra. A Batalha de Midway, que aconteceu em 4 de junho de 1942, representa a virada dos EUA na Segunda Guerra Mundial e foi ganha principalmente pela qualidade do serviço de informações da Marinha norte-americana.
As forças navais dos EUA, cientes de onde e com quais forças os japoneses iam atacar a Ilha de Midway, mesmo em grande desvantagem numérica, armaram uma cilada para as tropas japonesas e venceram essa que foi considerada a virada dos Aliados no Pacífico, proporcionando o começo da vitória dos aliados no conflito mundial.

Equipe de reconhecimento da USAF em Midway.

Sabe aquela análise SWOT que muita gente fala, mas poucas empresas usam corretamente na prática? Pois é, ela pode ser um fator importantíssimo para o sucesso empresarial, e está ligada direto ao planejamento da empresa. Explore o fato de que o inimigo não sabe que você sabe tudo sobre ele e vença usando o elemento surpresa!

O que você sabe realmente sobre a sua concorrência? Quais são seus pontos fracos? Estou explorando esses pontos fracos nas vendas ou a minha empresa age apenas reativamente quando um cliente liga para eu “tirar o pedido”?

Quem tem informação e sabe usar, tem poder!

3 – Treinamento intensivo é fundamental – Muito se fala da importância do treinamento nas empresas, mas infelizmente na prática muitas empresas relevam essa prática, que pode aumentar a produtividade e gerar mais lucro quando bem realizado.

Os SEAL´s – a Força de Elite da Marinha dos EUA, só foram atacar o Osama Bin Laden depois de meses de treinamentos intensivos da ação que iriam realizar, simulando desde o tipo de prédio e suas divisões internas, até quantas pessoas poderiam estar dentro da casa.
Cada situação foi treinada exaustivamente, para que uma equipe pequena, transportada por 2 helicópteros, pudesse pousar, atacar capturar ou matar Bin Laden, e sair do campo de batalhar em menos de 20 minutos! O resultado todo mundo já sabe… ele foi eliminado rapidamente e sem baixas da equipe.
Um dos lemas da gestão militar diz que, é melhor chorar no treinamento intensivo, do que sangrar nos campos de batalha.

SEAL´s treinando tiro prático.

Aí eu pergunto… quantas vezes você vê uma atendente de rede de fast food ser bem treinada no atendimento de vendas na hora do pedido?
Muitas vezes você poderia dizer, faz parte do papel de um bom gestor proporcionar esse treinamento aos seus comandados, mas será que esse treinamento, onde ela pode aumentar o valor do faturamento em mais de 12% se ela souber oferecer uma batata maior, está realmente sendo bem feito?
A vitória é construída batata à batata nos campos de batalha das praças de alimentação.

 

4 – A motivação pode mudar o resultado de uma batalha – se a sua tropa não está motivada, pode ter certeza de que a concorrência vai ganhar terreno. Várias são os casos em que uma força grande e bem equipada, mas sem motivação, perdeu batalhas importantes e até a guerra para forças menores.

Veja o caso da Guerra do Vietnã, que aconteceu entre 1955 e 1975, onde tropas norte-americanas foram enviadas em grande número à partir de 1965 e perderam a guerra porque foram lutar sem estarem com um ideal motivacional bem definido. Isso mesmo! Sem uma boa motivação nenhuma tropa luta com afinco em busca da vitória.

Como uma das maiores potências militares na época, possuindo um armamento de grande poder de fogo, pôde perder a guerra contra uma força menor e mal equipada? Enquanto os EUA enviaram soldados forçosamente para a batalha (devido ao alistamento militar obrigatório que alistou até Elvis Presley), sem que estes soldados estivessem imbuídos de algum ideal como foi na segunda Guerra, onde a luta era pela liberdade e democracia contra o nazismo, as forças norte-vietnamitas lutavam por sua sobrevivência, ou seja, lutavam como se a derrota fosse o seu fim.

Engaje sua equipe em uma missão única, seguindo seu líder!

E aí entra um dos motivos para que você engaje sua equipe! Por que, ou quem, seus colaboradores trabalham? Eles estão engajados em uma missão, que segue a visão e os valores da empresa, ou apenas lutando por um salário no final do mês? Muitas empresas grandes colocam uma placa bonita na recepção, com a missão, visão e valores, mas não se preocupam em explicar o que significa tudo isso para suas equipes.

Nesse momento é que principalmente as lideranças devem agir, mostrando a todos os colaboradores quais são esses valores, e assim conseguir “voluntários” para as missões do dia-a-dia. Uma tropa motivada é aquela que está engajada em lutar pelos ideais em que acredita e segue seu líder em qualquer situação.

Até o próximo artigo com a continuação. Um abraço!

Sérgio de Souza Carvalho Jr. – Comandante e apresentador War Business

 

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